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VALE À PENA VACINAR CONTRA O HPV?

Atualizado em: 07/06/2018 às 09h25

A mais frequente causa de doenças relacionadas ao namoro e a que mais incapacita e interrompe precocemente a vida, pode ser anulada por vacinação segura e de resultados duradouros, talvez vitalícios. Vale à pena vacinar? – Analise você mesmo para chegar às suas próprias conclusões.

 

04jun18, NBellesi, CLIMEP – O primeiro Estudo de Prevalência do Papilomavírus no Brasil confirmou a alta prevalência de HPV na população brasileira: mais da metade dos jovens entre 15 e 25 anos de idade mostra sinais de infecção, vários dos quais apresentaram, apresentam ou vão apresentar condilomas e/ou câncer. No estado do Pará, a cada ano, uma (1) em cerca de cada dez mil (10.000) mulheres, tem a vida precocemente interrompida em consequência de câncer de colo de útero.

 

Embora constituindo-se os principais reservatórios do HPV, à razão de aproximadamente 2:1 (2 homens infectados para 1 mulher infectada), a vacinação HPV masculina vinha sendo colocada em segundo plano. O entendimento atual é que a vacinação do homem protege homens e mulheres, e a vacinação de mulheres protege mulheres e homens, portanto quanto maior o número de indivíduos vacinados, menor a chance da disseminação do papilomavírus.

 

As principais razões para a vacinação de indivíduos do sexo masculino são a redução do estado de portador assintomático (indivíduo infectado sem saber, sem apresentar sinais) e consequente redução da disseminação do vírus, prevenção de condilomas e câncer anogenital, orofaríngeo e de pênis. Mais de mil (1.000) homens têm o pênis amputado anualmente em consequência do câncer causado pelo HPV e milhões de indivíduos apresentam condilomas, muitas vezes incapacitantes e de difícil tratamento.

 

A vacinação de indivíduos do sexo feminino tem o propósito de reduzir o número de portadoras assintomáticas (pessoa infectada sem saber, sem apresentar sinais) e da consequente disseminação do vírus, prevenção de condilomas, câncer de útero, vagina, vulva, anogenital e orofaríngeo. O câncer cervical (útero) é o mais frequente entre mulheres da região Norte.

 

Estima-se que no estado do Pará, durante o ano em curso, ocorrerão 860 novos casos de câncer cervical, o câncer de mama vindo em segundo lugar (740 casos). Ademais, mulheres com câncer cervical vão a óbito em idade mais precoce que mulheres com câncer de mama, ocasionando, portanto maior perda de anos que poderiam ser vividos.

 

A vacinação HPV é muito segura, das mais seguras, tanto quanto a vacinação para hepatites,  por exemplo. Três (3) doses da vacina, administradas no período de seis (6) meses, reduzem em 80% a chance de câncer e 90% a chance de verrugas (condilomas) anogenitais e orofaríngeos. O custo é muito baixo, menor que o valor do seguro de carro popular por um único ano.

 

Vale à pena vacinar contra o HPV? – O que acha? – Vacine-se por você. Vacine-se por seus queridos.

 

Newton Bellesi, médico infectologista e imunoalergologista, CRM-PA 765, RQE 2483 e RQE 5110, nbellesi@climep.com.br.

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