Vacinação Escolar Para Câncer E Condiloma

A vacinação para o papilomavírus (HPV) – a principal causa de câncer entre mulheres da Região Norte do Brasil e de condiloma entre homens e mulheres – constitui-se o mais importante avanço prático disponível para prevenir essas doenças. Outros métodos – abstinência sexual, preservativos, exame preventivo de Papanicolaou – embora efetivos não têm trazido redução considerável tanto de câncer HPV relacionado, como do condiloma anogenital, oral e respiratório.

A vacinação baseada na escola está se tornando a estratégia mais amplamente considerada para proteção contra essas doenças a partir da pré-adolescência, antes da iniciação sexual, e coincidentemente quando o organismo responde mais intensamente, produzindo imunidade (proteção) mais intensa. A vacinação de meninas entre 9 e 13 anos de idade, ou de meninas das séries escolares correspondentes, constituiu-se a experiência mais bem sucedida entre 17 países, conforme estudo publicado na revista especializada Vaccine de 09 de janeiro de 2014.

No dia 7 de março próximo o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde iniciará o programa de vacinação de meninas com idade entre 11 e 13 anos nas escolas públicas e privadas de todo o País, empregando o esquema vacinal estendido, no qual a vacinação completa com três doses é procedida num período de cinco anos (meses 0, 6 e 60).

A vacinação de pessoas não inseridas no grupo das meninas entre 11 e 13 anos – a vacinação é recomendada para pessoas de ambos os sexos a partir dos nove anos (de qualquer idade), inclusive as com antecedentes de infecção pelo papilomavírus – serão atendidas por estabelecimentos privados de vacinação como a CLIMEP, ou através de programas especiais de empresas, municipais, ou estaduais. O esquema tradicional de vacinação antiHPV é completado em seis meses (dias 0, 60 e 180). Ambos os esquemas são aprovados por autoridades sanitárias internacionais e nacionais.

Newton Bellesi, médico (CRM-PA 765) infectologista, nbellesi@climep.com.br.

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