Suplementos de cálcio têm sido amplamente utilizados por homens e mulheres mais velhos. No entanto, em pouco mais de uma década, as recomendações das autoridades de saúde deixaram de encorajar o uso generalizado de suplementos de cálcio afirmando que eles não devem ser usados para a prevenção primária de fraturas.

Esta mudança substancial nas recomendações ocorreu como resultado da evidência acumulada de eficácia marginal antifratura, e os efeitos adversos importantes de grandes ensaios clínicos controlados do uso de cálcio, ou cálcio e vitamina D coadministrados.

Nesta revisão, discutimos esta evidência, com um foco particular sobre o aumento do risco cardiovascular com suplementos de cálcio, onde descreveremos os últimos cinco anos. Os suplementos de cálcio, com ou sem vitamina D, podem reduzir marginalmente o risco de fraturas, mas não previnem fraturas de quadril em indivíduos residentes na comunidade, além de aumentar o risco de calculose renal, eventos gastrointestinais agudos e aumento do risco de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Qualquer benefício de suplementos de cálcio na prevenção da fratura é superado por eventos cardiovasculares. Embora haja pouca evidência para sugerir que a ingestão de cálcio está associada a risco cardiovascular, também há pouca evidência de que ela está associada com o risco de fratura. Portanto, para a maioria das pessoas, a ingestão dietética de cálcio não requer um exame minucioso. Por causa do perfil desfavorável de risco / benefício, a prescrição generalizada de suplementos de cálcio para prevenir fraturas deve ser abandonada. Pacientes com alto risco de fratura devem ser encorajados a tomar agentes com eficácia comprovada na prevenção de fraturas vertebrais e não-vertebrais.