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Meninos Também Devem Vacinar Contra O HPV?

Atualizado em: 02/11/2017 às 23h41

 

Em passagem pelo Brasil, o médico virologista Harald Zur Hausen, premiado com o Nobel de Medicina de 2008, por ter descoberto a relação entre o papilomavírus humano (HPV) e o câncer do colo do útero, reafirmou a importância da vacinação de meninos contra o HPV. “Se vacinássemos somente os meninos, provavelmente preveniríamos mais casos de câncer do colo do útero do que imunizando somente meninas”, diz o especialista. A declaração do médico acontece no momento em que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos divulgou, pela primeira vez, evidências do impacto positivo da imunização contra o HPV em meninas e em mulheres na faixa dos 20 anos nos EUA. O estudo, publicado na edição de março da revista científica Pediatrics, apontou queda de 64% domínio do vírus entre meninas de 14 a 19 anos e de 34% em mulheres com idades entre 20 e 24 anos, quando comparadas àquelas não imunizadas.

 

A inclusão de meninos na estratégia de vacinação contra o HPV faz parte da pauta de políticas públicas de saúde pelo mundo. Em 2013, a Austrália foi o primeiro país a incluir os meninos na vacinação contra o HPV, mesmo atingindo elevados níveis de cobertura na vacinação de meninas. Áustria, Israel, Estados Unidos, Canadá e Nova Zelândia também recomendam a vacinação de homens contra o papilomavírus. No Brasil, o debate sobre a importância da expansão da vacina para a população do sexo masculino está se destacando: em março de 2014, a prefeitura de Campos dos Goytacazes, município localizado no estado do Rio de Janeiro, passou a imunizar os pré-adolescentes na faixa etária de 11 a 13 anos, vacinando 12 mil meninos no primeiro ano. Taboão da Serra (SP) e Farroupilha (RS) foram outros municípios que também identificaram os benefícios de se incluir os meninos em suas campanhas de vacinação contra o HPV.

 

“Além dos homens ainda não serem vacinados contra o HPV pelo SUS, não existe uma política pública de saúde forte que promova rastreamento capaz de detectar precocemente as lesões causadas pelo vírus. Dessa maneira, os homens ficam especialmente vulneráveis às doenças causadas pelo papilomavírus humano e, consequentemente, a diversos tipos de câncer como, por exemplo, os que acometem o pênis, ânus, cabeça e pescoço”, afirma Mauro Romero, ginecologista, professor da Universidade Federal Fluminense, do Rio de Janeiro.

 

Além dos vários tipos de cânceres causados pelo HPV nos homens, estima-se que, anualmente, cerca de 1,9 milhão de casos de verrugas anogenitais ocorram no Brasil, sendo 90% associados aos tipos de papilomavírus cuja proteção pode ser obtida por meio da vacina disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde.

 

O HPV é extremamente contagioso, pois a infecção acontece via contato com a pele e mucosas infectadas. Por isso, os métodos preventivos de barreira, como a camisinha, não são completamente eficientes. Assim, a vacinação de meninos, meninas, homens e mulheres faz parte da educação em saúde junto com os métodos de prevenção, inclusive para aqueles imunizados contra o HPV.

 

Proteja-se e proteja também quem você ama contra o HPV. A vacina é segura e eficaz.

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