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Deixa Eu Crescer, Mãe?

Atualizado em: 02/11/2017 às 12h21

Toda noite a cena se repete: seu filho, que já não é mais nenhum bebê, quer dormir na cama dos pais. Ou, na hora de ir para a escola, começa a chorar e não larga de jeito nenhum a barra da sua calça. É neste momento que o ditado “as mães devem criar os filhos para o mundo” deve começar a ser aplicado para que as crianças iniciem o processo de descoberta de si mesmo…e do que há ao ser redor.

Este comportamento está relacionado à maneira que os pais lidam com os filhos. Se você integra o time das mães que mimam além da conta os pequenos, pode estar atrapalhando o seu filho a dar os primeiros passos paraser uma pessoa independente no futuro. Os psicólogos informam que um exemplo clássico é quando a mãe nina seu bebê no colo. Para eles, é um engano pensar que ele só vai dormir se estiver aconchegado junto a você: esta é uma necessidade dos pais. O mesmo acontece quando a criança chora durante a noite. Os pais arrumam uma desculpa e a levam para o quarto deles. O correto seria ir até o quarto dela, verificar o que está acontecendo e ficar em sua companhia até que se acalmee volte a dormir.

E acostumar os filhos a dormir na cama dos pais não é nada saudável. É aconselhado que seja importante delimitar o espaço entre você e o seu filho. Na hora de dormir, leve-o até a porta do quarto dele. Só entre se ele o convidar: este é o primeiro sinal de que respeita o território do seu filho. Depois, coloque-o nacama e se despeça. O mesmo vale para o seu quarto: deixar a porta encostada faz com que a criança saiba que ali é outro cômodo. Acostume o seu filho a sempre bater na porta do seu quarto e, se nomeio da noite ele aparecer, pergunte o que está havendo. Se for manha, leve-onovamente para o quarto e faça- o dormir.

Atividades mais simples também devem ser estimuladas. Quer um exemplo? Seu filho deseja comer uma banana e pede para você pegá-la. Mas o pequeno já alcança perfeitamente a fruteira. Diga para ele buscar o que quer. O maior erro dos pais é essa dependência excessiva de achar que a criança precisa aprender primeiro para depois colocar em prática. Isso não é verdade! Errar também faz parte do processo e você deve estar ali, ao lado da criança, para orientá-la. Mães superprotetores fabricam filhos inseguros. Se você sempre fizer o papel de super-herói para o seu filho, ele vai se achar incapaz.

Os primeiros sinais do apego excessivo pelas mês aparecem numa situação corriqueira do dia a dia. Um bom exemplo é o primeiro dia das crianças na escola: a sensação de abandono se dá justamente pela ausência dos pais no colégio. Os especialistas explicam como isso ocorre informando que é normal que a criança apresente medo ao chegar na porta da escola. Os profissionais devem entender essa atitude. O importante é não causar traumas nas crianças. Se o filho apresentar resistência, é aconselhado pedir a mãe que entre e fique com ele num ambiente bastante lúdico, com brinquedos e ao ar livre. Aos poucos, os professores entram na brincadeira e conquistam a confiança dos pequenos.

Outra maneira de incentivá-los é justamente nas atividades mais simples, como no momento do lanche ou na ida ao banheiro: se a criança apresentar dificuldades para manusear os alimentos, é essencial ajudar, mas sempre estimulando que façam a tarefa sozinhos. E nada mais gratificante do que perceber os sinais de independência no processo da educação. É ótimo quando as crianças demonstram que a presença do adulto, apesar de necessária, não é indispensável em alguns momentos. Esse sinal é facilmente identificado quando não solicitam nossa presença a todo o momento.

E até mesmo crianças mais independentes podem desenvolver algum tipode comportamento mais apegado aos pais. Foi o caso de Gabriela, de 5 anos, filha da dona de casa Maria de Lourdes, que não queria mais sair da cama da mãe. “Essa atitude me surpreendeu porque a minha filha sempre foi uma criança independente. Com isso, eu e meu marido tivemos a ideia de reformar o quartinho dela e combinamos que, assim que tudo estivesse pronto,ela voltaria a dormir lá. Minha filha aceitou, pois tem facilidade em concordar com algumas imposições justamente por ser dona de si mesma”, elogia.

Para os especialistas, não existe uma fórmula pronta. Mas o principal segredo é a forma de como você estimula o seu filho no cotidiano. Eles vão precisar dos pais pelo resto da vida, mas de maneiras diferentes.

 

Fonte: O Liberal

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